sexta-feira, 30 de maio de 2008

A felicidade é um cavalo verde

Sempre com a opção colorir!


Foto de Tim Walker

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Elementar, meu caro Watson

"Conhecemos as pessoas durante anos, até mesmo dezenas de anos, habituamo-nos a evitar os problemas pessoais e os assuntos verdadeiramente importantes, mas guardamos a esperança de que, mais tarde, em circunstâncias mais favoráveis, se possam justamente abordar esses assuntos e esses problemas. A esperança, sempre adiada, de um relacionamento mais humano e mais completo nunca desaparece completamente, porque nenhuma relação humana se contenta com limites definitivos, restritos e rígidos. Permanece, portanto, a esperança, de que haja um dia uma relação 'autêntica e profunda'. E permanece durante anos, até mesmo décadas, até que um acontecimento definitivo e brutal (em geral, uma coisa como a morte) vem dizer-nos que é demasiado tarde, que essa 'relação autêntica e profunda', cuja imagem tínhamos amado, também não existirá; não existirá, tal como as outras."
[Michel Houellebecq, in ‘As Partículas Elementares’ ]

domingo, 18 de maio de 2008

Let it bleed

A voz cada vez mais grave. Bar.
Espreguiço minhas carnes de anteontem.


Café. Língua lambida.
As toalhas brincam de esconder no varal
.

Quieta, na rua singrada pelo sol, ando a passos largos, sacolas do Zaffari e um maço de flores. Agora entendo porque uma amiga não se separa do marido, explicando que seria uma bosta carregar as compras sozinha.


Coca light. Pijama e frio nos pés.
Não vamos passear. Umpf.


Ainda muda, lembro do mito de Sísifo. É... amanhã tem manada.

A vida aos trinta não combina com domingos.
Por isso o título desse post.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A leveza e o peso

Não pretendo pesar menos que um travesseiro nem patrolar a existência. A leveza e o peso é um capítulo de 'A insustentável leveza do ser', de Milan Kundera. Li em 2005, acho, e se aplica totalmente ao que vivo hoje.

Veja:

"Para um amor se tornar inesquecível é preciso que, desde o primeiro momento, os acasos se reúnam nele como os pássaros nos ombros de São Francisco de Assis."

E aqui não me refiro à posse a que o amor está ligado, o amor esse das convenções sociais, dos protocolos que ficam hermeticamente sustentados pela cerquinha branca, que guarda o carro na garagem da casa parcelada em êne prestações. Falo do amor possível, dos momentos e de, depois deles, continuar limpando o banheiro dos gatos, escrever, ir pro escritório e escovar os dentes, mesmo que a noite anterior tenha sido legal.

O amor é o encontro. E a espera também, mais o sem-fim de acontecimentos que sucedem os lençóis amarfanhados. Mesmo que não dê em nada, porque aquele momento foi bacana. Não. Não estou sendo reducionista. Assim é o mundo dos adultos: cartesiano. E justo esses encontros fazem do mundo um lugar mais fofinho.

(Incidental: eu gosto de sentir frio quando estou feliz)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pic of the day


Confusa, mas figurino ok ;) [já é alguma coisa]

terça-feira, 6 de maio de 2008

Ah, o brilhantismo...

Atire no pintassilgo e durma feliz.

sábado, 3 de maio de 2008

'Fique calada. Me deixe mudo'

Não vou escrever sobre o Caso Isabella e toda a nojeira da imprensa, os lados da cela nessa história e a culpa da sociedade expiada com a morte dessa menina.

Não vou falar sobre a atualização do anti-vírus, nem do black out ocorrido em Porto Alegre, menos ainda do 'eu te dei um gelo, né?'.

Não vou contar sobre meu cansaço, proveniente das mais de oito horas diárias sob a luz branca esparramando-se pela mesa de fórmica.

Também não pretendo emendar a desculpa esfarrapada que dei pra não ter aparecido naquela quarta-feira no bar ('combinadíssimo! estarei lá às dez').

Não vou inventar: esqueci do almoço também.

Ainda, não quero desdizer a demora dos dias porque eles não me pertencem, nem a estranheza que me falta ou o enjôo do tudosempreigual.

Não vou explicar porque menti sobre a
webcam, nem pelo maior cacete do mundo!

(Bela: não faça papel de louca!)