sábado, 28 de julho de 2007

Espelho

terça-feira, 24 de julho de 2007

Embotada

Tudo diferente. E igual. Same isso, same aquilo. Porém, Cecília na voz do Chico, com seus "lábios de leve". E a gente chama mesmo aqueles que ama em silêncio. O exercício do silêncio é treino diário porque tem uma coisa no meu peito - aquela antiga chaga que se renova estranhamente -, berrando, mas me mantenho muda, pois o automatismo de scarpin encobre minh'alma com uma gaze. Há que ser assim no mundo corporativo e no adultismo de modo geral.

Poor girl,
assopram no meu ouvido.
Nem
, respondo.

No pós-trinta, muito bem definiu meu amigo Marcos, vivemos três eventos, basicamente:
- perdas
- aniversários de um ano
- faturas a pagar

No entremeio, bebo chá de laranja, uso meias de algodão, sento com desconhecidos na hora do almoço, observo as mãos das pessoas obsessivamente, rememoro pouco porque o antes cansa, não choro perdões, fico sentida mas depois passa, percebo alguma sensibilidade que cintila, lavo os copos ainda cheios, não reparo no refrão, seguro as ancas, me agrado com cigarros e viva-voz e qual o quê, mostro meu peito no espelho.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Luto

Sem mais para o momento, meu respeito pela dor da perda, que conheço bem e de perto.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Prepotência

Vinha pra casa, toda-toda, porque havia me molhado pouco durante o trajeto lavado com esmero por São Pedro. Foi quando dois ônibus fizeram justiça, afinal, quem está na chuva é pra se molhar.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Tea or coffee?

Mariana Aydar
Mary O
Meias de algodão
Meu amigo Píri
Marzipã
Moma

Mise en scène
Marido
Músculo quadrado
Marseille com o querido Miguel
Mais dois casacos
Milhas
Machado de Assis
Múltiplos de três
Mouse
Milho quentinho com Margarina
Meio Leila Diniz
Móbiles voadores

Definitivamente não sei escolher entre um e outro. Quando vou comprar um sapato, por exemplo, logo pego um preto e um marrom porque me atordoa deixar um par dormindo sozinho na prateleira.

Menos é menos. Mais é muito pouco.

domingo, 8 de julho de 2007

Que fique claro

Não sou um golden retriever.
E isso está para além de um simples pedigree.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Síndrome do coração partido


Dói e nada aplaca. E tem "de brinde" dor física, não advinda de namoricos e afins.

É a vida... e a vida? "a vida é pra valer/ a vida é pra levar/ Vinicius, velho, saravá"! Só que tem alegria e novidade e coragem.

Mas voltando à "marvada":
a Síndrome do coração partido é a sensação de dor no peito e tem como causa a liberação de adrenalina, em casos de estresse. A boa notícia é que a recuperação é espontânea e total, não deixando seqüelas. U-hum. Tá.

Já fui "acusada" de melancólica, recebendo como justificativa o fato de ser artista. Ora, meus caros, melancolia é característica mais forte em empregadas domésticas (com seus radinhos AM/FM, perna encostada na vassoura e olhar além-baculante) e porteiros (também com seus radinhos AM/FM, porém, encaixotados em suas solitárias guaritas). Artista é chato de origem. Eu não sou artista, mesmo sendo chata, conforme meu querido Mariones. Tô mais pra doméstica de fim-de-semana e vigia de segunda a sexta, neste caso, sob a luz branca dos offices.

Porém, a minha Síndrome do coração partido se origina de fatos reais, compostos por perdas e ganhos ocorridos nos últimos meses - ambos irreversíveis e insuperáveis. E aqui não falamos de tristeza somente, mas do adultismo irrevogável no pós-30.