Houve uma época em que artistas e bandidos freqüentavam a mesma roda de samba.
Agora, a Tate Modern de Londres traz a obra de Hélio Oiticica, neto de anarquista que homenageou o famoso bandido Cara-de-Cavalo com o banner acima.
O centauro às avessas era ligado ao jogo do bicho, roubava - coisa pouca, mas roubava -, traficava maconha e fazia as vezes de cafetão, mas era com a esposa que tamborilava os dedos sobre a mesma mesa que artistas do cacife de Oiticia.
Em 64, Cara-de-Cavalo passou dos limites (e ele os tinha ?), quando matou com um tiro o detetive Milton de Oliveira Le Cocq. Foi então caçado como um bicho (e já dava o recado no nome), morrendo estupidamente, perfurado por mais de cem tiros.
Sobre Cara-de-Cavalo, Oiticica disse: "O crime é a busca desesperada da felicidade autêntica, em contraposição aos falsos valores sociais".
Não estou aqui, de maneira alguma, fazendo apologia ao crime, à contravenção, mas entendendo o esteta como marginal, mesmo que isso soe redundante.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Mordomo inglês
Que lavasse a louça, colocasse a roupa em dia, levasse o cão pra tomar banho e, com um pequeno sorriso afável, trouxesse água de lavanda pra eu mergulhar as pontas dos dedos, antes de beber um fumegante chá de laranja.
É justo.
É justo.
domingo, 17 de junho de 2007
Menos um post it
Gengibre, alho, limão e mel. Não é macumba, mas salvou minha vida.
Por que os blogs morrem e a Cadela não? Ela é de Leão.
Num papel pardo, embrulho retangular amarrado com cordão, tinha um acordeão.
Não existe botox pro vazio, que faz parte da vida. E essa mania de preencher tudo com Chico Buarque, sexo, cigarro, drink, aula de yoga, livro do Calvino, paroles e compras me cansa. A vida não aceita preenchimentos, amore. O vazio é bonito.
Você sabe qual é o gosto da sua língua?
Ah, e cu não tem acento, mesmo que a privada seja a maior invenção humana, mais importante que a roda.
Gosto de cataventos em dias cinza.
Por que os blogs morrem e a Cadela não? Ela é de Leão.
Num papel pardo, embrulho retangular amarrado com cordão, tinha um acordeão.
Não existe botox pro vazio, que faz parte da vida. E essa mania de preencher tudo com Chico Buarque, sexo, cigarro, drink, aula de yoga, livro do Calvino, paroles e compras me cansa. A vida não aceita preenchimentos, amore. O vazio é bonito.
Você sabe qual é o gosto da sua língua?
Ah, e cu não tem acento, mesmo que a privada seja a maior invenção humana, mais importante que a roda.
Gosto de cataventos em dias cinza.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Aula de natação
Golfada de anjo é água
Tenho certeza de que os querubins e serafins que sobrevoam Petit Poa comeram qualquer coisa estragada semana passada.
*
Raso
Filhas da puta nem precisam de crachá. Eles bóiam.
*
Asma
Meus pulmões filtram 18 graus de temperatura com umidade de 100%. É como se tivessem ligado um nebulizador direto no "Rio" Guaiba.
*
500m crawl
Como dizia aquela peixinha do Nemo, "continue a nadar"...
Tenho certeza de que os querubins e serafins que sobrevoam Petit Poa comeram qualquer coisa estragada semana passada.
*
Raso
Filhas da puta nem precisam de crachá. Eles bóiam.
*
Asma
Meus pulmões filtram 18 graus de temperatura com umidade de 100%. É como se tivessem ligado um nebulizador direto no "Rio" Guaiba.
*
500m crawl
Como dizia aquela peixinha do Nemo, "continue a nadar"...
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Amor de cão
Produz um fedorzinho que é de acordar,
do sono grudado nos bigodes.
Também as extremidades ficam aquecidas,
o que provoca tenro chulé.
Me espera o dia todo voltar do lavoro
e nos odores reconheço
a fidelidade daqueles que esperam sem cansar
por um afago e ração úmida, como fosse prêmio e manjar.
Isto era pra ser um poema
um poema de amar
como apenas os cães,
nos odores e esperas, sabem dar.
Mas minhas rimas pueris
junto com o polegar desenvolvido
me fazem menor
do que é capaz um cão de doar.
*
Virginia Woolf, em "Flush - o diário de um cão", revela os mistérios da existência sob a ótica do melhor amigo do homem.
do sono grudado nos bigodes.
Também as extremidades ficam aquecidas,
o que provoca tenro chulé.
Me espera o dia todo voltar do lavoro
e nos odores reconheço
a fidelidade daqueles que esperam sem cansar
por um afago e ração úmida, como fosse prêmio e manjar.
Isto era pra ser um poema
um poema de amar
como apenas os cães,
nos odores e esperas, sabem dar.
Mas minhas rimas pueris
junto com o polegar desenvolvido
me fazem menor
do que é capaz um cão de doar.
*
Virginia Woolf, em "Flush - o diário de um cão", revela os mistérios da existência sob a ótica do melhor amigo do homem.
terça-feira, 5 de junho de 2007
A gorda e a chic ou Mulheres
A Simone, minha amiga, falou do livro "A gorda do Tiki bar" e a Lívia, outra queridota, apresentou-me Françoise Hardy. Então, hum, esperança de beleza e delícia e cócegas existenciais. Além, é claro, de esquecer os gritos de ontem, a perversão, o inferno coporativo, os discursos atravessados, a porta pro Departamento de Equívoco escancarada. E todo o kit. Umpf.
Um livro. Uma cantora. Duas amigas! E viva la revolución!
*
Os homens engrossam a lista dos meus amores de amigo. Porque mulher, normalmente, é chata. E de chata, me basto. Ah, existem as que são machas, como Simone e Lívia (e eu). Mesmo que delicadas, um aço!
Um livro. Uma cantora. Duas amigas! E viva la revolución!
*
Os homens engrossam a lista dos meus amores de amigo. Porque mulher, normalmente, é chata. E de chata, me basto. Ah, existem as que são machas, como Simone e Lívia (e eu). Mesmo que delicadas, um aço!
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