quarta-feira, 16 de setembro de 2009

todo dia

casa. rua. mais rua que casa. saco.
quando a casa vira rua e a rua vira casa,
fudeu.
sou animal doméstico.
maior sonho ever: afofar cortinas.
mas inventaram de queimar sutiã
(sorry, colegas, mas enfim).

mas aí que eu prefiro as lides da casa.
sério? talvez não. mas confesso: tenho uma cumplicidade
com os azulejos. e andar por ali, entre a cozinha e o quarto,
pode ser sim uma buena onda...

só que a prenda tem de ser fodástica, não é mesmo?
aí ela lê. lê o Coetzee que a Katarina deu, a Gloss do mês,
a bula do remédio, o post do La Vieja Bruja. lê porque não
se pode idiota. ou talvez porque a leitura a anteceda.

essa parte da máquina de lavar é mentira.
vai tudo pra Spuma D'água. que ela não é palhaça
de ninguém. jamais foi, aliás.

quando em vez, é acometida pela entidade da chacrete limpadora.
e, rebolativa, abana panos nas mãos e valseia
com vassouras, se tansforma em Ginger Rogers
e seu Fred Astaire é o rodo.

porém, quer ser linda de florzinha...
se ajeita, emboneca, apruma. um amor!

e mesmo não sendo este o seu melhor ângulo,
até que engana bem...
Ilustras de Kavel Rafferty

(e quando me dei conta, estava falando na
terceira pessoa do singular. quem explica?)

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