Talvez eu tenha um filho teu. E ponha para dormir pedaços da noite lavados por nossas enchentes.
Talvez tu ache que teremos mais vinte minutos, enquanto o tempo nem existe.
Talvez eu passe a descrever essa ruga insistente ao redor do teu olho esquerdo e mesmo eu queira fazer um Carnaval porque tu não disse Amor, bom dia.
Talvez a gente não tenha uma música, mas uma sinfonia de huns e ãns, estribilhos de nossas asneiras.
Talvez eu passe o dias tamborilando os dedos na mesa, esperando um telefonema teu ou ainda ache encanto no teu jeito tosco.
Talvez tu me dê a mão quando eu sentir medo e eu não aceite por arrogância.
Talvez eu compre uma casa pro nosso amor morar. Quem sabe eu fuja, porque não sei um jeito de amar.
Talvez a gente nem monte no lombo do cavalo louco. E na manada sigamos, normalmente.
Talvez eu costure os botões da tua camisa ou rasgue ela inteira, pois nunca tive nem tenho maneiras.
Talvez tu me queiras somente para assuntos de alcova e toucador. E de bônus receba uma criancinha birrenta, que precise dumas palmadas.
Talvez eu te cante meu menino e já seja tempo de despejar teu sorriso num copo d'água, no armarinho do banheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
desembucha!