Yom Kipur - o dia do Perdão - é a data mais sagrada e solene do ano judaico. Se celebra hoje, com jejum, reflexão e orações. É o dia de pedir perdão.
Me cai como uma luva.
"Lembrei-me [...] das palavras de meu pai sobre os segredos da Torá: somos todos filhos de Deus. Em cada um de nós habita uma alma que veio do Trono de Glória. Há centelhas divinas até na lama... [...] Cheguei realmente a sentir que havia um espírito santo dentro de mim, uma partícula da Divindade. Na escuridão, divisei uma flor chamejante, reluzindo como ouro, luminosa como o sol. Ela se abriu como um cálice e de seu interior saltaram cores vivas: amarelo, azul, púrpura - cores e formas como as que vemos somente nos sonhos".
"Tudo o que ele dizia ficava gravado na minha cabeça. Ao fechar os olhos, eu via figuras e cores que nunca tinha visto antes, as quais assumiam continuamente novos feitios e formas. Às vezes, divisava um olho afogueado, mais luminoso que o sol e com uma pupila estranhíssima. Até hoje consigo, com algum esforço, ver esse olho radiante. Minha lembrança daqueles dias é repleta de flores e gemas visionárias. Porém na época as visões eram tão numerosas que eu às vezes não conseguia me libertar delas". (Trechos de "No tribunal de meu pai", livro do genial Isaac Bashevis Singer, Nobel de Literatura, a mim apresentado pelo querido Gustavo Machado).
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